Filme - Beautiful Boy

Como poucos sabem, sou um "recém-fã" de The Office (US), a série de comédia que me conquistou durante as férias de julho de 2019. Após 9 temporadas, fiquei apaixonado pela obra e completamente marcado por seu elenco, principalmente Steve Carell, que interpreta o irreverente Michael  Scott.
Mas não é sobre The Office que se trata este texto, e sim o filme Beautiful Boy (Querido Menino, no Brasil), que traz justamente Steve Carell como parte do elenco principal - daí o meu interesse. Tendo assistido mais de 100 episódios com o Michael Scott fazendo loucuras em seu escritório, é difícil imaginar seu intérprete em um filme dramático, mas ele não deixa a desejar.
Beautiful Boy trata-se de uma história baseada em fatos reais sobre parte da vida de David Sheff, que enfrenta a difícil situação de ter seu filho, Nicolas, usando drogas. Ele deve encontrar uma maneira de ajudá-lo a largar o vício e ter de volta o beautiful boy que sempre foi. 
Esse tipo de filme sempre trás algumas lições para pessoas que enfrentam os mesmos desafios retratados e mostra um pouco para os leigos como é a vida de famílias com usuários de drogas. É interessante ver como se dá as reuniões de ex-viciados e pessoas em recuperação, o processo de reabilitação e o papel de insituições que realizam esse procedimento.
Filho de pais divorciados, Nicolas vive com o pai, a madrasta e dois irmãos, com quem tem um bom relacionamento. Ele é considerado um garoto inteligente, profundo, interessado em livros e extremamente capaz, tendo sido aprovado em todas as faculdades que tentou ingressar. Ele e seu pai são bem próximos, mais do que pais e filhos normalmente são: conversam frequentemente, praticam esportes, passeiam e até mesmo fumam maconha juntos. 
Justamente por essa convivência, que imaginamos o qual é desolador para David ver seu filho nessa situação, já que sempre foi um pai presente. Isso o leva a perguntar-se onde errou e o que fazer para ajudar Nicolas e, ainda mais, não cometer o mesmo erro com os caçulas Daisy e Jasper.
As coisas desandam após David perceber comportamentos estranhos no filho mais velho, que costuma sumir por mais de um dia, ter variações de humor e não agir como de costume. Preocupado, a personagem de Steve Carell busca conversar com o filho, assim como sempre fez. Descoberto o problema, os dois concordam que o melhor a se fazer é deixar Nic em uma clínica de reabilitação, onde pode ficar sóbrio e livrar-se de seu vício.
Para o desespero de David, mesmo após apresentar alguma melhora, seu filho tem uma recaída e foge da clínica. 
Em algumas cenas, nos é mostrada sua adolescência e, assim como muitos nessa fase, Nicolas sente-se incompleto, tem preferência pelo isolamento e costuma ler obras de autores classificados por seu pai como depressivos. Talvez daí venha o seu anseio por procurar algo que preencha  vazio que sente dentro de si. Como o próprio narra em uma cena, no momento em que experimenta metanfetamina, ele pensa "É isso. Encontrei o que precisava".
Passamos todo o filme acompanhando Nic em suas recaídas, novas tentativas de largar as drogas e principalmente os efeitos negativos que suas ações causam em David que se torna cada vez mais preocupado e ansioso com seus filhos. Por momentos, ele esquece de seus outros familiares, focando apenas em seu primogênito.
Em uma de suas desesperadas tentativas de libertar Nicolas do vício, ele busca um especialista em metanfetamina para tentar entender o que se passa na cabeça do filho, o que ele sente e como a droga afeta seu cérebro, o que serve para quem está assitindo também entender como essa doença pode ser arrasadora. 
Para quem também assistiu por causa de Steve Carell, saiba que Amy Ryan, (Holly Flax em The Office) também está presente no filme, interpretando a mãe de Nicolas.

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